Vacina contra Covid-19 e isolamento social podem ter evitado 380 mil mortes no Rio de Janeiro, diz Fiocruz
Dados recolhidos mostram que, apenas com a vacinação, poderiam ter sido evitados mais de 230 mil hospitalizações

Foto: Ravena Rosa/Agência Brasil
Um estudo de caso publicado em dezembro de 2021, na Infectious Disease Modelling, por pesquisadores da Fiocruz, informou que, ao analisar os possíveis casos de coronavirus, que não ocorreram, mas poderiam ter ocorrido, no estado do Rio de Janeiro, com e sem medidas como isolamento e vacinação, foi possível perceber que as políticas associadas podem ter evitado mais de 380 mil hospitalizações e 66 mil mortes na cidade até junho de 2021.
Dados da pesquisa mostram que, apenas com a vacinação, poderiam ter sido evitados mais de 230 mil casos de hospitalizações e mais de 43 mil mortes. No caso das medidas não farmacológicas, como o uso da máscara e isolamento, com a efetividade, poderiam ter sido evitadas 150 mil hospitalizações e 23 mil óbitos pela doença. As informações são da Agência Fiocruz.
Daniel Villela, coordenador do Procc/Fiocruz e do estudo, explicou que o trabalho foi realizado em uma época onde a variante Gama estava em alta disseminação e que o grande responsável por frear o número de casos ativos foi a vacinação. “O que aconteceu já foi uma tragédia, mas teríamos tido um número de casos e hospitalizações ainda maior, se não fossem as medidas adotadas”, disse.
Sobre a chegada da variante Ômicron e as mudanças trazidas por ela, Vilela disse: “Mesmo com a entrada de uma nova variante como essa, do aumento de casos decorrentes disso e das doses de reforço da vacina, temos que continuar tomando os cuidados. De certa forma, é uma repetição do mesmo filme, mas com outros elementos. A mensagem é a de que as políticas combinadas continuam sendo importantes e atingindo os melhores resultados”.